FOTO: ROBERTO MANCUZO
TEXTO: RODRIGO MORAES
Caminhando com Maria já está em sua 16ª edição e, mesmo com o passar dos anos, os fiéis não deixam de ir fazer seus pedidos à Nossa Senhora Aparecida. Evento que começou em 2003, reúne muitos fiéis que confiam, acreditam e participam para fazer suas súplicas, ou apenas reabastecer suas almas e pedir proteção.
Adão Fogaça Neto, de 71 anos, é morador de Presidente Prudente e descobriu a caminhada com Maria no ano de 2014. Ele estava trabalhando, quando viu as pessoas andando, mas não sabia o que era. Quando descobriu que se tratava do Caminhando com Maria, desde então, vem participando todos os anos.
Todos os anos Adão leva um galho que esteja com frutos, para que Nossa Senhora abençoe. Neste ano de 2019, ele estava carregando um galho com um fruto chamado abiu, uma fruta nativa da Amazônia, pouco conhecida na região sudeste do mapa. Ela é considerada medicinal e vem chamando a atenção pelo seu valor nutritivo e aos benefícios que traz à saúde.
Em uma das mãos, o agricultor carregava o galho de abiu e na outra estava segurando uma cruz branca, que tinha escrito no meio, na cor azul, a palavra “paz”. De acordo com ele, era por conta de toda a violência e tragédias que estão acontecendo nos últimos anos. Então levou esse símbolo para pedir à Nossa Senhora Aparecida que pudesse trazer paz e cuidar de toda as famílias.
Nos anos anteriores, ele já levou galhos de café, milho e quiabo. Tudo isso veio de uma terra que ele tem em Álvares Machado, onde tem suas plantações, pequenas e para consumo próprio. Segundo ele, todo ano, o que estiver carregado na época do Caminhando, ele tira um galho para agradecer e pedir proteção à Santa.
Maria de Lourdes Soares Garcia, 70 anos, participa desde o primeiro ano do Caminhando com Maria. Após o falecimento de sua filha e a perda de seu filho em um acidente, ela acabou ficando sozinha e vem sempre buscar forças. “É muito bom participar e desde a primeira vez eu já gostei muito, por conta de trazer conforto para minha vida e dar forças para continuar lutando em mais um ano de vida”, disse Maria.
Giovana Argueta Benvenuto, 22 anos, teve contato com a caminhada, através de suas tias, que lhe falaram sobre o evento e a convidaram. Após sua mãe sofrer um AVC, Giovana fez uma promessa que iria caminhar todos os anos descalça, para que a saúde de sua mãe voltasse ao normal. Já faz cinco anos que ela vem ao Caminhando com Maria e, em todos, ela tira os seus sapatos e faz todo o percurso com os pés descalços. Ela disse ainda que sua mãe teve progresso na saúde e melhorou, mas ainda não tem força física para ir caminhar, mesmo assim, ela participou para agradecer por tudo que Nossa Senhora fez na vida dela e de sua mãe.
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