domingo, 28 de abril de 2013

Movimento das Capelinhas introduz a oração em família, diálogo e comunhão

FOTOS: ELIS MUNGO
Casal foi coordenador da CEBs Santa Maria por sete anos
Elis Mungo

         O Movimento das Capelinhas faz com que a família se una para oração, tornando-a verdadeira Igreja doméstica. Como Maria visitou sua prima Isabel, a mãe de Jesus continua visitando seus filhos através desse Movimento.
             Não se sabe ao certo quando o Movimento das Capelinhas começou na cidade de Presidente Prudente, mas José Alfredo Sobrinho, explica que, após a visita das Irmãs Redentoristas na cidade, em 1991, o Movimento se espalhou pelas paróquias. “Isso aconteceu porque as Irmãs Redentoristas precisavam dividir as paróquias em setores, CEBs (Comunidades Eclesiais de Bairro), para facilitar o trabalho dos missionários. Aproveitando essa organização, o bispo Dom Agostinho resolveu ampliar o Movimento para as paróquias que ainda não haviam aderido”, relembra Sobrinho.
            Atualmente, o Movimento das Capelinhas atinge aproximadamente 250 mil pessoas na Diocese de Presidente Prudente, sendo o bispo Dom Agostinho Marochi, o responsável por difundir o movimento naquela época.
          Padre Alex João de Santana, também foi um dos responsáveis por difundir o Movimento das Capelinhas na Diocese de Presidente Prudente. Ele explica que cada paróquia tem sua própria organização, não existe uma regra exata a ser seguida. “É um momento de Nossa Senhora com as famílias, além disso, Maria foi a primeira missionária da Igreja. Com esse movimento podemos dizer que a Mãe está sempre ao encontro de seus filhos”, explica.
         Marcos Silvério recebe a capelinha em sua casa há mais de 15 anos. “É um momento de muita emoção para toda família, além de você enxergar nos olhos das pessoas a felicidade ao receber a Mãe em sua casa”, afirma. 

Uma das Capelinhas da CEBs Santa Maria, que pertence ao Santuário Nossa Senhora Aparecida
Organização do Movimento das Capelinhas no Santuário Nossa Senhora Aparecida
            No Santuário Nossa Senhora Aparecida, o Movimento das Capelinhas foi inserido pelo Padre José Schwind, que antes mesmo da visita das Irmãs Redentorista já havia dividido o Santuário em CEBs e o Movimento das Capelinhas já funcionava.
            Hoje, o Santuário abrange aproximadamente cinco bairros e é composto por 22 CEBs, com mais de 70 capelinhas, que mensalmente passa pelas casas, onde as famílias rezam o terço.
            “Cada CEBs possui um nome de santo que fica sobre a responsabilidade de um coordenador. Esse coordenador pode ou não dividir sua CEBs em núcleo. No caso da CEBs Santa Maria, são sete núcleos, com sete capelinhas”, explica Luciana Carnelosse, secretária paroquial. 
            O casal José Alfredo Sobrinho e Tereza Alfredo, do Santuário Nossa Senhora Aparecida, sempre foi muito ativo no Movimento das Capelinhas, atuando na coordenação durante sete anos. Sobrinho conta que herdou a coordenação das CEBs Santa Maria após a morte de seu irmão Joaquim Alfredo da Silva.

José Alfredo Sobrinho e Maria Tereza Alfredo exibem o a imagem de Santa Maria e a Capelinha da CEBs a qual eles pertencem
            “Meu irmão foi coordenador da CEBs Santa Maria, desde o início e quando ele faleceu decidiram que eu e minha esposa deveríamos continuar”, relembra Sobrinho.
            Porém, com os compromissos da vida, Sobrinho e sua esposa acharam melhor repassar a coordenação do Movimento. “Temos que saber dividir, como já ficamos muito tempo, passamos a coordenação da CEBs para minha sobrinha Luciana Carnelosse, mas continuamos envolvidos.”, explica.
            Luciana Carnelosse, secretária paroquial e a nova coordenadora da CEBs Santa Maria, diz que os coordenadores são o elo do Santuário com os participantes envolvidos. 
            Segundo Carnelosse o pessoal de cada CEBs, quando se aproximam as datas especiais, como Páscoa, Natal, dia de Nossa Senhora Aparecida, por exemplo,  se organizam para fazer as novenas. “Os coordenadores pegam os livros e distribuem para os coordenadores de núcleo ou para seus participantes direto quando não há núcleo”.
            Sobrinho conta que o combinado é que a Capelinha fique em cada casa no máximo dois dias. “Porém quando as pessoas recebem amigos e familiares, eles procuram ficar um pouco mais para rezar com todo mundo junto, então a Capelinha não chega a passar toda semana”.
            Origens
            Idealizado pelo Cônego José Maria Santistevan, da Congregação dos Padres Claretianos, o Movimento das Capelinhas começou por volta de 1888, no Equador, na cidade de Guaiaquil com o intuito de Maria visitar as famílias como sinal de amor benevolente de Deus.
            Assistindo às dificuldades das famílias, a falta de fé, chegou-se a conclusão da necessidade de Maria visitar a casa de cada filho. O movimento se espalhou pelo Brasil, na época da Primeira Guerra Mundial, chegando ao país por volta de 1914.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos a sua participação. Em breve, seu comentário será publicado.