FOTOS: ELIS MUNGO
Elis Mungo
O
Caminhando com Maria já é uma data inclusa no calendário municipal de
Presidente Prudente, coincidindo com o feriado do dia do trabalhador. Para que essa comemoração não passe em branco, os responsáveis pelo
evento tiveram o cuidado de incluir um momento especial: uma Paraliturgia, para
todos os trabalhadores, além de uma benção, que será realizada pelo Padre
Inácio Medeiros, às 15h, na Catedral São Sebastião, no dia 1° de maio.
Para a recepcionista Ana Paula de
Pontes, o momento da paraliturgia é uma prova do cuidado de Deus. “Com certeza
é um presente maravilhoso para o povo trabalhador”, afirma.
De acordo com Fátima Rota,
integrante da Equipe de Liturgia do evento, esse momento dos trabalhadores vai
além de uma homenagem ou uma lembrança pelo feriado. “A paraliturgia com os
trabalhadores pode ser considerada um momento de concentração e preparação para
a caminhada, por isso todo estão convidados, sendo ou não trabalhadores”,
explica.
História
O feriado do dia do trabalhador pode
ser considerado o dia internacional dos trabalhadores, pelo fato de ser
celebrado anualmente em diversos países do mundo. O advogado especialista em
direito do trabalho, José Antonio da Silva Garcia, explica que tudo começou em
1886, nos Estados Unidos. “Conta-nos a história que havia pelo mundo afora a
luta pela redução da jornada de trabalho, e, em decorrência de ser este um dos
principais motivos a se ir buscando uma normatização dos direitos dos
trabalhadores, ocorreu a primeira manifestação de trabalhadores”, relata
Garcia.
Porém, só após 33 anos, em 1919, o
senado da França proclama a jornada de trabalho de oito horas e o 1° de maio
desse ano como feriado. Mas, no nosso País, as mesmas decisões demoraram a ser
tomadas.
Foi em 1925, que no Brasil o dia 1°
de maio tornou-se oficialmente o dia do trabalhador, por meio de um decreto do
então presidente Artur Bernardes. No entanto, Garcia afirma que antes disso já havia
comemorações do dia do trabalhador, mas que essas pessoas eram consideradas
anarquistas e comunistas.
Garcia esclarece mais alguns
desdobramentos importantes. “Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas
instituiu o salário mínimo e em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do
Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas,
especificamente, às relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores”.
Além disso, após alguns anos é que
nasce a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que rege o direito do
trabalho. Mas o direito do trabalho também é conduzido pela Constituição
Federal e inúmeras leis.
Após toda evolução no decorrer dos
anos, e a facilidade ao acesso à informação, Garcia enfatiza a importância de
serem respeitados os direitos e obrigações. “Jamais trabalhador e empregador
podem permitir, de quem quer que seja, a violação ou abuso desses valores que
são próprios dessa modalidade contratual”, evidencia.
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