quarta-feira, 1 de maio de 2013

Trabalhadores terão benção especial neste 1º de maio


FOTOS: ELIS MUNGO
José Antonio da Silva Garcia, advogado há 36 anos, especialista na área do Direito Trabalhista, e Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística há 16 anos. Congrega na Paróquia de São José de Presidente Prudente
Elis Mungo

     O Caminhando com Maria já é uma data inclusa no calendário municipal de Presidente Prudente, coincidindo com o feriado do dia do trabalhador. Para que essa comemoração não passe em branco, os responsáveis pelo evento tiveram o cuidado de incluir um momento especial: uma Paraliturgia, para todos os trabalhadores, além de uma benção, que será realizada pelo Padre Inácio Medeiros, às 15h, na Catedral São Sebastião, no dia 1° de maio.
     Para a recepcionista Ana Paula de Pontes, o momento da paraliturgia é uma prova do cuidado de Deus. “Com certeza é um presente maravilhoso para o povo trabalhador”, afirma.

Ana Paula Pontes, recepcionista/auxiliar e coordenadora da equipe de acolhida no Santuário Nossa Senhora Aparecida, que durante o evento vai organizar a equipe para visitação da imagem, acolhida e ofertório
     De acordo com Fátima Rota, integrante da Equipe de Liturgia do evento, esse momento dos trabalhadores vai além de uma homenagem ou uma lembrança pelo feriado. “A paraliturgia com os trabalhadores pode ser considerada um momento de concentração e preparação para a caminhada, por isso todo estão convidados, sendo ou não trabalhadores”, explica.
     História
    O feriado do dia do trabalhador pode ser considerado o dia internacional dos trabalhadores, pelo fato de ser celebrado anualmente em diversos países do mundo. O advogado especialista em direito do trabalho, José Antonio da Silva Garcia, explica que tudo começou em 1886, nos Estados Unidos. “Conta-nos a história que havia pelo mundo afora a luta pela redução da jornada de trabalho, e, em decorrência de ser este um dos principais motivos a se ir buscando uma normatização dos direitos dos trabalhadores, ocorreu a primeira manifestação de trabalhadores”, relata Garcia.
           Porém, só após 33 anos, em 1919, o senado da França proclama a jornada de trabalho de oito horas e o 1° de maio desse ano como feriado. Mas, no nosso País, as mesmas decisões demoraram a ser tomadas. 
          Foi em 1925, que no Brasil o dia 1° de maio tornou-se oficialmente o dia do trabalhador, por meio de um decreto do então presidente Artur Bernardes. No entanto, Garcia afirma que antes disso já havia comemorações do dia do trabalhador, mas que essas pessoas eram consideradas anarquistas e comunistas.
           Garcia esclarece mais alguns desdobramentos importantes. “Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo e em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, às relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores”.
          Além disso, após alguns anos é que nasce a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que rege o direito do trabalho. Mas o direito do trabalho também é conduzido pela Constituição Federal e inúmeras leis.
        Após toda evolução no decorrer dos anos, e a facilidade ao acesso à informação, Garcia enfatiza a importância de serem respeitados os direitos e obrigações. “Jamais trabalhador e empregador podem permitir, de quem quer que seja, a violação ou abuso desses valores que são próprios dessa modalidade contratual”, evidencia.  

São José foi carpinteiro, mas exerceu sua profissão com dignidade e amor. Hoje é o símbolo do trabalhador, por isso o motivo de ter recebido o título de São José Operário, sendo reconhecido padroeiro dos trabalhadores

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