Aline Martins
Todos passam por
momentos difíceis. Seja na vida conjugal, pessoal, profissional, familiar ou em
comunidade, altos e baixos constantemente figuram na vida humana. Em momentos
que as ações insuficientes, que já se tornou impossível ao homem fazer com que determinada
situação mude, há ainda a esperança. Com apenas duas letras, mas com um poder
sem medida, a fé realiza sim o que foge a nossa ação.
Há 14 anos, Junia Maria
Queiroz Ladeira Carvalho, empresária em Presidente Prudente, viveu sua maior
experiência de fé. Casou-se sabendo que não poderia ter filhos, e que mesmo
tendo feito tratamento para engravidar por dois anos, caso gerasse um feto,
este possuiria anomalias. Às vésperas de seu casamento, durante uma missa
avistou a imagem de Nossa Senhora Aparecida, e pediu com simplicidade e fé, que
Maria a presenteasse com um filho. Junia voltou grávida da lua de mel.
Seu médico a orientou
que dificilmente seria uma gravidez de verdade, e que, possivelmente, não seria
uma criança em seu ventre. Após o exame, mais uma surpresa: era um feto.
Despertados então pela angústia, iniciou-se o período de testes para
identificar a anomalia que seu filho iria apresentar. E ao longo do tempo,
Junia chorava, rezava e até dormia em frente à Nossa Senhora Aparecida,
disposta no altar da Catedral de São Sebastião em Presidente Prudente. Por sete
meses não foi possível descobrir com qual tipo de deficiência a criança nasceria.
Neste momento então, Junia decidiu por bem, não mais buscar nenhum tipo de
exame, já que amaria a criança com todo seu coração.
Ao nascer, foi
constatado: a criança era perfeita. Maria Carolina, que não tem Maria no nome por
coincidência, participa ativamente da igreja, frequentando as missas,
acampamentos e como membro dos Doutores da Alegria da Paróquia Nossa Senhora do
Carmo. Sua mãe, afirma ter um projeto de vida especial para o futuro: “Pretendo
cuidar das crianças mais carentes, acredito que não podemos ser omissos na
sociedade, porque a criança é a base e formando crianças de bem, formaremos
também um adulto melhor”, salienta Junia. “No altar que dedico à Nossa Senhora
Aparecida em minha casa, todas as vezes que passo em frente agradeço. Há 14
anos eu não peço nada, apenas agradeço pela filha que me emprestou, porque
Maria Carolina é antes de tudo, filha de Maria”, acrescenta.
Presente também na vida
do agente penitenciário Reginaldo Kocsis, Maria agiu na saúde de sua filha
quando Giovana aspirou dois grãos de feijão, sendo que apenas um foi retirado.
Desconfiado da menina, o médico não acreditou que haveria outro. A irmã de
Reginaldo neste momento clamou à Nossa Senhora Aparecida que, se caso existisse
o segundo grão, que a Mãe ajudasse a família a identificá-lo. E então, no mesmo
dia durante o banho, Giovana expirou o segundo grão.
Reginaldo, que iniciou a
oração do terço aos 8 anos e que há 14 é coordenador de romarias para Aparecida
do Norte, não vê esta situação de outra forma que não seja o cuidado e carinho
que Maria teve por sua filha. Com 6 anos, Giovana vai à Basílica de Aparecida
todos os anos no mês de outubro, desde que nasceu, e como faltou no ano passado
já cobrou o pai, que prometeu levá-la sem falta em 2013.
Presentes no 10º
Caminhando com Maria, estarão estes devotos e muitos outros, que encontrarão
neste momento, a graça tão esperada pelas mãos da Grande Mãe.
FOTO: ALINE MARTINS
Junia Maria Queiroz Ladeira Carvalho obteve a graça de ser mãe
após o diagnóstico de que não poderia ter filhos
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