quarta-feira, 1 de maio de 2013

Maria: modelo de fé e presença viva nos corações dos católicos

Aline Martins

Todos passam por momentos difíceis. Seja na vida conjugal, pessoal, profissional, familiar ou em comunidade, altos e baixos constantemente figuram na vida humana. Em momentos que as ações insuficientes, que já se tornou impossível ao homem fazer com que determinada situação mude, há ainda a esperança. Com apenas duas letras, mas com um poder sem medida, a fé realiza sim o que foge a nossa ação.
Há 14 anos, Junia Maria Queiroz Ladeira Carvalho, empresária em Presidente Prudente, viveu sua maior experiência de fé. Casou-se sabendo que não poderia ter filhos, e que mesmo tendo feito tratamento para engravidar por dois anos, caso gerasse um feto, este possuiria anomalias. Às vésperas de seu casamento, durante uma missa avistou a imagem de Nossa Senhora Aparecida, e pediu com simplicidade e fé, que Maria a presenteasse com um filho. Junia voltou grávida da lua de mel.
Seu médico a orientou que dificilmente seria uma gravidez de verdade, e que, possivelmente, não seria uma criança em seu ventre. Após o exame, mais uma surpresa: era um feto. Despertados então pela angústia, iniciou-se o período de testes para identificar a anomalia que seu filho iria apresentar. E ao longo do tempo, Junia chorava, rezava e até dormia em frente à Nossa Senhora Aparecida, disposta no altar da Catedral de São Sebastião em Presidente Prudente. Por sete meses não foi possível descobrir com qual tipo de deficiência a criança nasceria. Neste momento então, Junia decidiu por bem, não mais buscar nenhum tipo de exame, já que amaria a criança com todo seu coração.
Ao nascer, foi constatado: a criança era perfeita. Maria Carolina, que não tem Maria no nome por coincidência, participa ativamente da igreja, frequentando as missas, acampamentos e como membro dos Doutores da Alegria da Paróquia Nossa Senhora do Carmo. Sua mãe, afirma ter um projeto de vida especial para o futuro: “Pretendo cuidar das crianças mais carentes, acredito que não podemos ser omissos na sociedade, porque a criança é a base e formando crianças de bem, formaremos também um adulto melhor”, salienta Junia. “No altar que dedico à Nossa Senhora Aparecida em minha casa, todas as vezes que passo em frente agradeço. Há 14 anos eu não peço nada, apenas agradeço pela filha que me emprestou, porque Maria Carolina é antes de tudo, filha de Maria”, acrescenta.
Presente também na vida do agente penitenciário Reginaldo Kocsis, Maria agiu na saúde de sua filha quando Giovana aspirou dois grãos de feijão, sendo que apenas um foi retirado. Desconfiado da menina, o médico não acreditou que haveria outro. A irmã de Reginaldo neste momento clamou à Nossa Senhora Aparecida que, se caso existisse o segundo grão, que a Mãe ajudasse a família a identificá-lo. E então, no mesmo dia durante o banho, Giovana expirou o segundo grão.
Reginaldo, que iniciou a oração do terço aos 8 anos e que há 14 é coordenador de romarias para Aparecida do Norte, não vê esta situação de outra forma que não seja o cuidado e carinho que Maria teve por sua filha. Com 6 anos, Giovana vai à Basílica de Aparecida todos os anos no mês de outubro, desde que nasceu, e como faltou no ano passado já cobrou o pai, que prometeu levá-la sem falta em 2013.
Presentes no 10º Caminhando com Maria, estarão estes devotos e muitos outros, que encontrarão neste momento, a graça tão esperada pelas mãos da Grande Mãe.

FOTO: ALINE MARTINS
Junia Maria Queiroz Ladeira Carvalho obteve a graça de ser mãe após o diagnóstico de que não poderia ter filhos

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